Com Saída de Tite, Flamengo Chega a Mais de R$ 50 Milhões em Multas

Tite não durou muito tempo no comando do Flamengo. Após resultados abaixo do esperado, o clube decidiu encerrar o contrato do treinador em 29 de setembro de 2024, com direito a uma multa rescisória de R$ 4,8 milhões, que deverá ser quitada até o dia 10 de outubro. O técnico saiu antes de completar três meses no cargo, evidenciando que a paciência da diretoria do Flamengo, liderada por Rodolfo Landim, está cada vez mais curta com seus comandantes à beira do campo.

Para os que estavam esperando uma reviravolta, o cenário foi outro. O desempenho do time sob a liderança de Tite foi abaixo do esperado, sendo que a eliminação na Libertadores foi o último prego no caixão. Mais um técnico na conta, que agora totaliza mais de R$ 51 milhões gastos em rescisões desde que Landim assumiu a presidência do clube em 2019. Parece que estabilidade no comando técnico está virando lenda no Flamengo.

Tite não é o único, outros técnicos como Domenéc Torrent, Rogério Ceni, Paulo Sousa e Vítor Pereira já passaram por essa mesma porta giratória. Cada um saiu deixando uma conta pesada para o clube, que segue acumulando multas como se fossem cartões colecionáveis.

A questão que fica para os torcedores é se o próximo na fila vai durar mais ou se será apenas mais um nome na já longa lista de treinadores demitidos. Filipe Luís, que assumiu interinamente após a saída de Tite, começou com o pé direito, levando o Flamengo a uma vitória de 1 a 0 sobre o Corinthians na semifinal da Copa do Brasil. Alex Sandro foi o autor do gol que deu ao Flamengo a vantagem para o jogo de volta, marcado para o dia 20 de outubro.

Filipe Luís, um ídolo rubro-negro como jogador, agora tem a difícil tarefa de manter a equipe na disputa por títulos e, ao mesmo tempo, conquistar a confiança de uma diretoria e de uma torcida que já estão calejadas com mudanças frequentes no comando técnico. Será que ele consegue manter o time na linha ou é questão de tempo até se juntar à lista de técnicos demitidos?

A situação do Flamengo é clara: o clube investe pesado em técnicos e demissões, mas os resultados não parecem justificar o preço pago. Com as expectativas lá no alto e a margem de erro cada vez menor, qualquer novo técnico já sabe que não vai ter muito tempo para acertar o time. E se não acertar rápido, a multa já está na fila.

Para quem acompanha o futebol brasileiro, a dança das cadeiras nos clubes de elite não é exatamente novidade. Mas o Flamengo parece ter elevado isso a um novo nível, onde a instabilidade virou rotina. No fim, quem paga a conta é o clube, e a pressão só aumenta para que, em algum momento, essa fórmula de trocas frequentes traga resultados concretos – algo que, até agora, parece mais distante do que o desejado.